[1] Em novembro de 2010, entrou em operação a primeira das dez estações da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar de Salvador (nove fixas e uma móvel). Somando-se às estações de Camaçari e de Dias D'Ávila, região cuja qualidade do ar já é monitorada há 16 anos, a Bahia passará a contar com um total de 24 estações, 10 na capital e 14 na região metropolitana.
As unidades da Rede de Monitoramento do Ar, em operação, emitem relatórios diários, mensais e anuais para o Instituto do Meio Ambiente (IMA), permitindo a formulação de políticas públicas para a melhoria da qualidade do ar na região de sua abrangência. Com medições a cada 15 minutos, as avaliações da qualidade do ar variam de ‘crítica’ a ‘boa’ e são atualizadas e disponibilizadas, a cada hora, nos sites da Cetrel e do IMA.
Com investimentos da ordem de R$ 15 milhões, a Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar foi lançada na sede da Secretaria de Planejamento (Seplan), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), e confere a Salvador o título de primeira cidade do Norte/Nordeste a possuir um sistema deste tipo. É também a segunda com a maior rede automática do País, ficando apenas atrás de São Paulo, que possui um sistema semelhante, com 40 estações (21 delas na capital).
Para o secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, a instalação e consolidação da rede é um passo importante na qualidade do ar da Região Metropolitana de Salvador (RMS), que se articula com a necessidade de construir um plano estadual de enfretamento das mudanças no clima. “Esse é um capítulo fundamental na construção das políticas públicas, com a participação do setor da indústria e sociedade civil. Estamos discutindo com a Secretaria de Administração (Saeb) a implantação da inspeção veicular no estado, começando com o transporte coletivo e de carga”.
Spengler disse que a intenção é começar esse processo no próximo ano e, gradativamente, atingir toda frota de veículos na Bahia. A atividade será iniciada a partir dos municípios da região metropolitana e em três ou quatro grandes cidades do estado.
De acordo com o diretor-presidente da Cetrel, Ney Silva, em 32 anos de atuação, a companhia - responsável por tratar os efluentes do Polo de Camaçari - vem desenvolvendo conhecimento em outras esferas ambientais, particularmente no que se refere ao monitoramento do ar. “Nosso próximo passo será realizar o monitoramento da Baía de Todos-os-Santos. O acompanhamento não resolve o problema de qualidade do ar e nem da água da baía. Fornece apenas informações. Caberá ao IMA usar esses dados para resolver os problemas apurados pelo sistema”.
O ar de Camaçari e de outros municípios da RMS é monitorado há 16 anos pela companhia. A partir desta instalação, a Bahia passa a contar com um total de 24 estações (10 na capital e 14 na região metropolitana). Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), James Correia, a parceria reflete no plano de investimentos da Cetrel, que inclui recursos da ordem de R$ 150 milhões. “Esse duto vai passar pela Dow Química, Refinaria Landulpho Alves, Unigel, chegando até a Cetrel, fazendo definitivamente a coleta de todos os efluentes que correm o risco de serem jogados na Baía de Todos-os-Santos”. Ele solicitou ainda mais o apoio da Braskem em áreas como ciência e tecnologia.
“Patrocinar um projeto como este é uma grande oportunidade de disponibilizar essa ferramenta nas principais vias da cidade, na internet, possibilitando aos gestores públicos tomadas de atitudes para melhor gerir a qualidade de vida de toda população”, afirmou o vice-presidente de Petroquímicos Básicos da Braskem, Manoel Carnaúba.
As demais estações deverão ser instaladas na Rótula do Abacaxi, região das avenidas ACM/Tancredo Neves, Campo Grande, Calçada, Pirajá, Parque da Cidade, Dique do Tororó e Rio Vermelho. Os locais foram determinados a partir de um estudo científico sobre a dispersão atmosférica em Salvador.
Com atualizações a cada hora, os resultados estarão disponíveis nos sites da Cetrel e do IMA. Futuramente, a informação será disponibilizada por intermédio de dez tótens com monitores de LED, que serão instalados em pontos estratégicos da cidade.
Serão mais de três milhões de dados por ano sobre temperatura, umidade, radiação solar, poluentes atmosféricos e concentração de elementos químicos como Monóxido de Carbono (CO), Ozônio (O3), Óxidos Nitrogenados (NOx), Partículas Inaláveis (PI) e Dióxido de Enxofre (SO2), dentre outros.
[1] Fonte: Portal SEIA. Disponível em: http://www.seia.ba.gov.br/monitoramento-ambiental/qualidade-do-ar. Acesso em: 17/05/2011.
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